Depois que chegamos de João Pessoa viajamos de novo, só que foi uma viagem a dois: eu e o Gu.
Na verdade essa viagem surgiu de repente, quando uns amigos queridos de João Pessoa nos convidaram pra estarmos com eles no Chile, e tudo contribuiu para que desse certo: estaríamos de férias, o Gu tinha um bocado de milhas, conseguimos reservar o hotel que esses amigos estariam, comemoraríamos 7 anos de casados, enfim, tudo muito positivo. Sem contar que teríamos um tempo pra gente e conhecer outro pais é sempre muito atrativo! Como a temporada lá era de muito frio e a viagem seria de casais sem os filhos, optamos por deixar a Clarinha com os avós.
A viagem foi linda, conseguimos cansar e descansar, curtimos o frio banhado à vinho e à amizades preciosas, conhecemos a neve e brincamos muito! E Claro que tudo me remetia a Clara!!
Mas confesso que o coração não ficou muito tranquilo. Não por opção mas pela própria metamorfose que é ter me transformado em mãe. Por mais que pudesse celebrar ter dormido uma noite inteira sem me preocupar com choro, ou outra coisa isso não amenizou a ideia de que ela estava lá e nós ali.
Sei que o papel de mãe sofre mutações....Clara vai crescer, ficar independente, mas esse processo acontece de ambos os lados e tudo tem o seu tempo certo.
Quando chegamos de viagem já era noite, mas encontrei a Clarinha acordada...o reencontro foi bem intenso, a filhota ficou olhando pra mim e estendeu a mão pra tocar meu rosto, como se não acreditasse que eu estava ali...ficou um bom tempo assim e depois veio pro meu colo se agarrando em mim.... Entendi a mensagem com lágrimas nos olhos...como se tudo que eu não senti durante a viagem viesse à tona de uma vez só!!
Mas foi uma experiência importante, principalmente pra que eu me conscientize de que não temos o controle das coisas (exclusivamente das emoções) e que, no decorrer da vida, tomarei muitas decisões que a incerteza se deveria ou não ir, dizer, fazer irá pairar no ar.
Ei gente!Já vou logo dizendo que não sou adepta aos seres rastejantes e gosmentos.Pensei na figura do caramujo como um colecionador de experiências...E a palavra CARAMUJAR como um verbo de ação, sempre em movimento, em crescimento. Assim como a "casinha" do caramujo cresce com o tempo, acredito que nossa vida também se transforma com cada experiência que temos.E esse espaço pretende simplesmente um compartilhar de um pouco desse lugar que carrego em mim mesma,que faz com que eu seja quem sou!
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